Os anjos andam pela cidade
translúcidos
nus em brancas nuvens
_________________ SOLTOS
sobrevoam-na em diuturna vigília
amarrados à loucura de não terem um corpo
destilando intragáveis porções
com as quais espairecem os demônios
vestidos de fantasias rotas
desfilam anônimos
pelos becos pelas ruas cheios
de invisíveis intenções
badalam sinos in
memorian a signos
cifrados na pauta do tempo
bebem o álcool dos ritos
e se embriagam frágeis santos
e seguem declamando odes
milimetricamente tragados
pelo fumo entorpecente
que escapa de turíbulos profanos
tentados se deixam seduzir
feridos pela fêmea ilusão
os anjos são como a gente
também ardem de paixão
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