sábado, 22 de setembro de 2012

LILÁS


Minhas palavras fluem azuis
em gotas consoantes
com as nuanças turquesinas
em que voga cada tônica vogal atônita.

Nesta tarde lilás,
por acaso, aliás,
minha frágil poética urbana
percorre Drummonds, Andrades, Meireles, Bilacs,
com a furtiva avidez do engano
de jamais perder o rastro
dos vultos do meu sono.

Mando do meu coração avulso
um poema empedernido…

Entretanto, o meu texto,
embora sem a precisa tessitura, 
forma-se
e toma-se de um sentimento tão próprio,
e tão agudo,
que me transfunde e se irradia, QUASE esvoaçante.

Ah! Se todas as tardes fossem assim!… 

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