Os mistérios de Marilene
que eu ainda não desvendei
pervagam etéreos
no coração cristalino de um astrolábio
perdido nos confins do nunca.
Os mistérios de Marilene
permeiam lábios impronunciados
em êxtase
úmidos de finalidades afins
desnorteiam-me
de tentar tangê-los e de tentar tingi-los.
Invioláveis mistérios
os de Marilene
circundam a minha cabeça
em mil e um outros
multiplicando-se à medida em que os desejo saber
– mistérios são para seduzir – e é
o que eles me fazem:
incitam consequências volúveis
de evidências dicroicas
aduzem meandros de cores
insinuando um caleidoscópio a que só ela
interfere.
Mistérios estes, os
de Marilene!...
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