terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DE-COMPOR


Uns versos – eu sou
meu próprio poema em decomposição,
uma odisseia sertaneja cortejada
pela nua ideia solta no contorno das mãos:

versejo-me...

Uns versos eu dou –
recolhidos nos desvãos do imaginário
onde ergo meu pequeno planetário
em que me componho arrítmico e disfásico:

ensejo-me...

Uns versos – eu voo –
aliterados por inconsequência,
são asas em que me prendo e vou,
são folhas soltas ao léu
que porventura um vento as arrancou
de minhas árvores de anotações. 

Um comentário:

  1. Versos livres, que seguem ecoando em algum lugar, transformando, plantando, germinando... versos verdadeiros, versos que brotam em nós mesmos...

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