quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

POEMA EM BRASA


ardo um poema intacto
reprimido
de palavras embaralhadas
que não flui

sou eu quem o possui
no ventre fundo zanzando
pelos latifúndios da memória
ardo um poema na alma

fremente – bruto diamante em lava
a escorrer pelo ego
a saltar pelos poros

letra a letra soletrado
insistente na órbita
do fogo alastrado 

Um comentário:

  1. O mais lindo é quando o poema arde no coração de quem lê e disseca os versos... bonito demais isso, moço!!!

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