Sei chegar aos lugares e me perder
Sou hóspede do vento
E venho dos livros embolorados
Pervagando histórias contadas pelo tempo.
Beijei a bela Dulcinéia nas minhas alucinações,
Declarei guerra aos moinhos de vento
Por amor - talvez por medo esquizofrênico…
E para tanto,
O meu cavalo me segue convicto da expedição
Aonde eu for.
Ao meu lado
O misericordioso serviçal tenta o tempo todo me dissuadir.
A batalha é inglória - quando não há oponente.
O elmo de cobre sobre a face desfalecida não convence.
A armadura sem nobreza alguma me nega uma estirpe
(desertor da realidade: fui internado num hospício
de onde nunca mais saí).
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